Educação
e Liberdade
Neste mês de
Outubro celebramos o Dia da Criança, do Professor e a Reforma Protestante
respectivamente. Juntando essas datas podemos ter um resumo no tema: Educação e
Liberdade.
Martinho Lutero ficou conhecido como reformador e
libertador, especialmente do domínio espiritual que era imposto pela igreja da
Idade Média, uma espécie de escravidão que manipulava a vida, a fé e a salvação
das pessoas. Jesus Cristo não era mais o centro e o bem mais precioso para as
pessoas – a ignorância espiritual se abatia sobre o cristianismo.
Por esse motivo e em busca desta liberdade perdida,
Lutero utilizou-se da educação – estudo e correta compreensão da Palavra de
Deus. Voltar-se às escrituras e investir na educação era fundamental para esse
processo libertador. Assim, em 1530 escreveu a Carta à Lázaro Spengler,
incentivando o amigo a fortalecer a ideia de que escola é para todos, o
aconselha a incentivar os pais a mandarem seus filhos para a escola. Também
incentivou que ao lado de cada igreja, existisse uma: “Se a juventude não for
instruída, as futuras gerações, serão presas fáceis do diabo”.
Muitos pais não tinham condições de educar seus
filhos, por falta de preparo, condições financeiras ou tempo; as autoridades
precisavam suprir essa deficiência, era necessário engajar professores para
ensinarem muitas crianças de uma vez só, a fim de ter cidadãos bem instruídos.
Para Lutero, fé, educação e liberdade andam juntas:
“Por isso, sob pena de perder a graça divina, cada um deve saber que tem a
responsabilidade de educar seus filhos, em primeiro lugar, para o temor e
conhecimento de Deus, e quando tiverem aptidão, que os mandemos estudar para
que venham a ser úteis onde necessário”. Afirmou ainda: “Certamente não podemos
cochilar nesse ponto. Precisamos sustentar mestres e professores íntegros,
honestos e disciplinados para educar nossa juventude.”
Os anseios de Lutero continuam atuais entre nós.
Precisamos dar valor ao estudo da Palavra de Deus; aos momentos devocionais em
família; aos cultos semanais; à correta compreensão da Santa Ceia; ensinar às
crianças “o caminho” da igreja; incentivar e valorizar os tesouros que ainda
dispomos: O Evangelho, a liberdade responsável em Cristo, os professores e as
crianças.
Que o Senhor nos capacite nesta importante tarefa,
hoje e sempre. Amém.
(Texto adaptado do informativo da Comunidade Santíssima Trindade de Joaçaba/SC)
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